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sexta-feira, 13 de março de 2015

A Menina Que Sonhava Demais

CAPÍTULO II



           Na hora em que o professor Antônio anunciou que iria ter um teste  surpresa, olhei diretamente para Clara, e fiz um movimento com a boca            dizendo : "Viu? Eu sabia! Ainda bem que estudamos" E ela respondeu : "Você é muito chata! Esse teste deve ser moleza" Kate riu e lembrou que a sua amiga não aceitava estar errada. Às vezes precisava acalmar a amiga para que ela não enfrentasse as pessoas com seu jeito bravo.
Clara era uma garota baixinha, morena e com os cabelos bem grandes, encaracolados e castanhos. Era muito bonita (pelo menos era o que Kate achava). Quando ela pensava em beleza rapidamente se lembrava de um sonho de infância que rapidamente foi esquecido no meio do caminho até chegar na faculdade. Ela sempre quis ser modelo. 
Nunca se achou a pessoa mais linda do mundo, mas adorava seus cabelos extremamente encaracolados, e da mesma proporção, ruivos. Eles quase pareciam o fogo de tão vermelhos (e o melhor de tudo é que eram naturais) sua pele era tão branca, que ela precisava passar protetor solar todos os dias. Era bem alta, mas tinha um corpo maravilhoso.
Já foi chamada para diversos desfiles e aceitara todos, mas foi quando ela tinha 16 anos que aconteceu o pior.
No auge da sua carreira mirim de modelo, ela estava extremamente empolgada, todos queles maquiadores, cabeleiros, e estilistas em cima dela querendo deixá-la mais linda ainda.... Para ela era simplesmente incrível!! Então ela quis "ajudá-los"
Começou a fazer dietas radicais, comia pouco e tomava remédios para não ficar com fome. Alguns dias ela chegava a tomar dois copos de água e algumas folinhas de alface por dia. Tudo para ter o corpo "perfeito".
Um belo dia, Kate estava na escola e começou a se sentir mal. Ficou tonta e desmaiou. Foi apenas o primeiro de vários desmaios que viriam por aí. Às vezes via sua mãe chorando no quarto, conversando com seu pai sobre ela e sobre como ela estava doente. 
Ela chegou a ir em vários médicos, mas nenhum conseguia tratar o que já se podia chamar de "anorexia aguda" Esse era um lado sombrio da sua vida. Nunca contou nada dessa história para ninguém além da sua família. Nem sobre a Anorexia, nem sobre o seu sonho.
Parou de pensar nisso quando uma folha branca pousou sobre a sua mesa.
Começou a fazer o teste e percebeu que não sera tão fácil como Clara pensava.

quarta-feira, 11 de março de 2015

A garota que sonhava demais

CAP I    
    


     Kate acordou e percebeu que estava sozinha. Não gostava disso. Ela sempre pensava: "Porque o ser humano fica sozinho? Há bilhões de pessoas no mundo, e algumas são obrigadas a levantar de manhã sem ninguém para dar um Bom-dia, ou simplesmente para socializar" Ela foi à cozinha, quando se lembrou de que quando acordava já havia um café quentinho na mesa, pãezinhos com mel e leite. Ela resolveu afastar esses pensamentos da sua mente. Já não bastava estar sozinha, pensar que sua família estava tão longe dela doía.
Desde que ela começou a fazer arquitetura, na UFMG, apesar da imensa felicidade, a saudade também tinha o seu espaço. Na sua casa antiga era sempre todos unidos, Kate, o seu pai, Juliano, a mãe Jasmim, e suas irmãs gêmeas que tinham apenas 6 anos: Maria Clara e Maria Eduarda.
Ela adorava brincar com as pequenas (como Kate chamava as gêmeas), elas, apesar de que tomaram conta da casa quando nasceram, sempre foram legais com Kate, e vice versa. Juliano era um homem bem-sucedido, era arquiteto, e era o principal motivo de Kate querer ser uma arquiteta também. Jasmim, era uma mulher extremamente bondosa. Adorava visitar crianças em creches, hospitais, e de fazer visitas mensais em um asilo. 
No seu pequeno apartamento, Kate organizou tudo do jeito que sempre sonhou quando tivesse a casa própria. Ela era muito organizada, tudo tinha o seu lugar, inclusive existia um cantinho da casa  especialmente para o Tommy, seu gatinho da raça Persa. Ele aliviava um pouquinho a saudade de casa.
Ela pegou-se deitada no sofá vendo o jornal da manhã e levou um susto! Tommy começou a fazer alguns barulhos bem altos, como se alguém estivesse invadindo o apartamento. Ela cuidadosamente seguiu o olhar dele e se deparou com Tintin, seu sapinho de pelúcia que ela devia, acidentalmente ter deixado em cima do armário. Riu e se lembrou do estranho medo de Tommy por Tintin. Pegou-o e disse:
- Acalme-se Tommy!! É só um sapinho de pelúcia! Olhe- Então ela pegou Tintin e foi se aproximando do gato, que miou bem alto e caiu da cadeira- Ah! Tommy!- Ela riu - Bem, eu acho que você não entende isso, né? Vou guardar Tintin no meu armário e você não vai mais se assustar.
Resolveu voltar à televisão aonde passava agora o programa da Ana Maria Braga, depois, tomou seu café, se arrumou e foi para a faculdade. Ainda se impressionava com o tamanho daquele lugar. E adorava pensar a quantidade de pessoas que saíram desse lugar e viraram médicos, arquitetos, engenheiros, pedagogos, ou seja, era uma quantidade IMENSA de aprendizado e conhecimento que passava por lá todos os dias da semana.
Apesar de que ela estava a pouco tempo lá, começou a conversar muito com uma menina, seu nome era Clara.

    

Enfim, um livro novo!!

Bom, fazia um tempo que eu andava pensando sobre o meu próximo livro. Lembram que eu mostrei um pedacinho de algo que estava prestes a se tornar o meu próximo livro? Resolvi que estava ficando legal, e hoje eu quero apresentar à vocês a capa dele (E, claro o primeiro capítulo porque só a capa é sacanegem)